Essa manobra é, acima de tudo, muito
interessante e prazerosa de se fazer. Ela é classificada como
“Performance Maneuver”, as quais tem como objetivo desenvolver a
habilidade do piloto de analisar as forças que estão atuando na
aeronave, um controle preciso – coordenado e bem planejado – além de
exercitar a divisão entre a atenção dentro e fora do cockpit.
Ao aprender essa manobra, o Piloto
deverá ser capaz de executar curvas em “alta performance”, fazendo com
que a aeronave chegue perto de seus limites operacionais. As curvas são
executadas em ângulos que variam de 40 a 60 graus. No momento da curva, o
Piloto deverá sentir que a aeronave possui uma tendência a continuar
aumentando o ângulo da mesma, e é nesse ponto que a performance máxima
será obtida acompanhada de um alto “load factor” (2-3G).
A velocidade selecionada deverá sempre
ser inferior à Va (Maneuvering Speed) por razões de segurança. Para
iniciar a manobra, realize as famosas “clearing turns” e selecione um
ponto de referência ou heading. Inicie a curva para um dos lados com
suavidade e aproximadamente em 30 graus adicione um pouco mais de
potência. A altitude deve ser mantida durante toda a execução da
manobra, portanto assim que a curva for iniciada comece a aumentar o
ângulo de ataque com suavidade para manter a altitude.
Quando a curva estiver em progresso,
rapidamente configure o “trim” da aeronave e divida sua atenção entre a
altitude, ângulo da curva e referência externa ou heading. Complete uma
curva de 360 graus e rapidamente inicie uma curva na direção oposta.
Vale ressaltar que no “rollout” e início da curva na outra direção é
necessário diminuir o ângulo de ataque. Ao final de outra curva de 360
graus finalize a manobra indo em direção ao ponto de referência ou
heading escolhido.
Nas minhas primeiras tentativas, o
grande problema que tive foi com a altitude. Garanto que um bom trim é a
receita para o sucesso nessa manobra. A curva, ponto de referência e
potência são simples de administrar. Depois que entendi o porque do trim
tudo ficou mais claro. A grande questão aqui é a performance. Quando
realizamos uma curva de mais de 45 graus o “load factor” aumenta
rapidamente e um ângulo de ataque maior se torna necessário para manter a
altitude!
PTS Standards (Private):
- Não exceder Va
- Mantém uma curva coordenada de 360 graus em um ângulo de 45 graus
- Altitude: + ou – 100 pés
- Velocidade: + ou – 10 KT
- Ângulo: + ou – 5 graus
- Heading inicial ou ponto de referência: + ou – 10 graus
- Aumento excessivo do ângulo de ataque durante entrada, mudança de direção ou finalização da manobra
- Ponto inicial ou heading ultrapassado/não atingido
- Falha na administração da potência
- Velocidades incompatíveis
- Curvas com pouca ou nenhuma coordenação
- Ângulo da curva oscilante
- Desorientação por parte do piloto (nas primeiras vezes pode acontecer!)
fonte: blog Aero Entusiastas
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