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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Steep Turns


Essa manobra é, acima de tudo, muito interessante e prazerosa de se fazer. Ela é classificada como “Performance Maneuver”, as quais tem como objetivo desenvolver a habilidade do piloto de analisar as forças que estão atuando na aeronave, um controle preciso – coordenado e bem planejado – além de exercitar a divisão entre a atenção dentro e fora do cockpit.
Ao aprender essa manobra, o Piloto deverá ser capaz de executar curvas em “alta performance”, fazendo com que a aeronave chegue perto de seus limites operacionais. As curvas são executadas em ângulos que variam de 40 a 60 graus. No momento da curva, o Piloto deverá sentir que a aeronave possui uma tendência a continuar aumentando o ângulo da mesma, e é nesse ponto que a performance máxima será obtida acompanhada de um alto “load factor” (2-3G).
A velocidade selecionada deverá sempre ser inferior à Va (Maneuvering Speed) por razões de segurança. Para iniciar a manobra, realize as famosas “clearing turns” e selecione um ponto de referência ou heading. Inicie a curva para um dos lados com suavidade e aproximadamente em 30 graus adicione um pouco mais de potência. A altitude deve ser mantida durante toda a execução da manobra, portanto assim que a curva for iniciada comece a aumentar o ângulo de ataque com suavidade para manter a altitude.
Quando a curva estiver em progresso, rapidamente configure o “trim” da aeronave e divida sua atenção entre a altitude, ângulo da curva e referência externa ou heading. Complete uma curva de 360 graus e rapidamente inicie uma curva na direção oposta. Vale ressaltar que no “rollout” e início da curva na outra direção é necessário diminuir o ângulo de ataque. Ao final de outra curva de 360 graus finalize a manobra indo em direção ao ponto de referência ou heading escolhido.
Nas minhas primeiras tentativas, o grande problema que tive foi com a altitude. Garanto que um bom trim é a receita para o sucesso nessa manobra. A curva, ponto de referência e potência são simples de administrar. Depois que entendi o porque do trim tudo ficou mais claro. A grande questão aqui é a performance. Quando realizamos uma curva de mais de 45 graus o “load factor” aumenta rapidamente e um ângulo de ataque maior se torna necessário para manter a altitude!
PTS Standards (Private):
  • Não exceder Va
  • Mantém uma curva coordenada de 360 graus em um ângulo de 45 graus
  • Altitude: + ou – 100 pés
  • Velocidade: + ou – 10 KT
  • Ângulo: + ou – 5 graus
  • Heading inicial ou ponto de referência: + ou – 10 graus
Os principais erros cometidos na execução da manobra são:
  • Aumento excessivo do ângulo de ataque durante entrada, mudança de direção ou finalização da manobra
  • Ponto inicial ou heading ultrapassado/não atingido
  • Falha na administração da potência
  • Velocidades incompatíveis
  • Curvas com pouca ou nenhuma coordenação
  • Ângulo da curva oscilante
  • Desorientação por parte do piloto (nas primeiras vezes pode acontecer!)
Para quem ainda vai fazer, prepare-se para um pouco de emoção! Essa é uma manobra muito gostosa, você sente o que um avião é capaz de fazer de verdade.

fonte: blog Aero Entusiastas

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