Histórico
No final da década de 1960 o governo brasileiro desencadeou uma política de expansão da indústria nacional, época em que havia a necessidade de se obter um avião de propósito geral, para uso civil e militar, a ser utilizado no transporte de cargas e passageiros. Desta forma promoveu o desenvolvimento de uma nova aeronave, que viesse a operar com baixo custo operacional e fosse capaz de ligar regiões remotas e dotadas de pouca infra-estrutura.Coube a uma equipe do Centro Técnico Aeroespacial, liderada inicialmente pelo projetista francês Max Holste, a missão de desenvolver o produto.
Nasceu assim o Bandeirante, primeiro avião comercializado pela então estatal Embraer, e o primeiro grande voo da empresa rumo ao sucesso, com a venda de 501 unidades para diversos países, incluindo forças armadas.
Bandeirulha
Usado para o transporte de passageiros, carga, busca e salvamento, reconhecimento fotográfico, originou também uma versão de patrulha marítima, o Embraer EMB-111 Bandeirulha.Operadores Militares
Brasil
Chile
Gabão
Uruguai
Cabo Verde
Colômbia
Principais Operadores Civis
Brasil
Estados Unidos
França
Inglaterra
Colômbia
México
Austrália
Canadá
Versões
- EMB-100 - modelo de pré-série do projeto IPD/PAR 6504 do CTA (conhecido na FAB como YC-95) equipado com motor turboélice Pratt & Whitney Canada PT6A-20 de 550HP, janelas ovais e capacidade para oito passageiros. Foram construídos três aviões. Primeiro voo: 22 de outubro de 1968.
- EMB-110 - modelo de produção inicial para transporte militar com doze lugares. Equipado com motores Pratt & Whitney Canada PT6A-27 de 680HP em naceles redesenhadas alojando completamente o trem de pouso recolhido. Comprimento da fuselagem de 13,74 m e peso máximo 5.300 kg. Primeiro vôo: 9 de agosto de 1972. Designação na Força Aérea Brasileira: C-95
- EMB-110A - versão de calibragem de auxílios à navegação com capacidade para até seis passageiros/operadores. Designação na Força Aérea Brasileira: EC-95
- EMB-110B - versão de aerofotogrametria com câmaras Zeiss e aviônicos adicionais com capacidade para até cinco passageiros/operadores. Designação na Força Aérea Brasileira: R-95
- EMB-110B1 - versão especial do EMB-110B com alternativa de conversão rápida para transporte de até catorze passageiros. Duas unidades construídas, uma para a Força Aérea do Uruguai e outra civil.
- EMB-110C - versão de transporte civil com quinze (as vezes doze ou dezesseis) lugares, desenvolvido especialmente para atender o transporte aéreo regional. Cinco exemplares foram fornecidos para a Força Aérea do Uruguai.
- EMB-110C (N) - versão especial do EMB-110C com dispositivos antigelo fornecido para a Marinha do Chile.
- EMB-110E - versão de transporte executivo do EMB-110C com seis/oito lugares.
- EMB-110E (J) - versão do EMB-110E com equipamento especial.
- EMB-110K1 - versão de transporte militar com capacidade para 1.650 kg entregue a partir de maio de 1977. Equipado com motores Pratt & Whitney Canada PT6A-34 de 750HP, deriva ventral, comprimento da fuselagem de 14,60 m, porta de carga traseira e porta extra de passageiros/tripulação. Designação na Força Aérea Brasileira: C-95A
- EMB-110P - versão de transporte civil do EMB-110K1 com dezoito lugares. Equipado com motores Pratt & Whitney Canada PT6A-27 ou PT6A-34. Primeiro vôo: janeiro de 1976.
- EMB-110P1 - modelo de conversão rápida passageiros/carga do EMB-110P
- EMB-110P2 - modelo de conversão rápida passageiros/carga do EMB-110P com até 21 lugares, sem porta de carga e com peso máximo de 5.670 kg.
- EMB-110P1 (K) - versão de conversão rápida passageiros/carga do EMB-110K1 com carga útil semelhante. Designação na Força Aérea Brasileira: C-95B
- EMB-110P1SAR - versão SAR do EMB-110P1 (K) com acomodações para seis macas e peso máximo de 6.000 kg. Designação na Força Aérea Brasileira: SC-95B
- EMB-110P1A - versão civil, com as subvariantes EMB-110P2A, 110P1A/41 e 110P2A/41 iguais a P1 etc, mas com diedro dos estabilizadores horizontais de 10°, melhor isolamento acústico e outras alterações. Entregue a partir de dezembro de 1983. Designação na Força Aérea Brasileira: C-95C
- EMB-11OS1 - versão de pesquisa geofísica do EMB-110C com maior volume de tanque interno da asa, haste de magnetômetro na cauda, dois operadores de equipamentos e motores Pratt & Whitney Canada PT6A-34 de 750HP. Um modelo civil vendido.
Outros dados
- A aeronave é conhecida no exterior como bandit (bandido).
- Teve 29 acidentes fatais na sua longa carreira.
- O último acidente aconteceu no estado brasileiro do Paraná, no dia 19 de maio de 2010, quando o Bandeirante prefixo PT-TAW, da empresa Taxi Aéreo Weis, pousou fora da pista do Aeroporto de Cascavel, que se encontrava fechado devido à neblina. Os dois tripulantes que insistiram na manobra, mesmo tendo sido avisados sobre a condição do aeroporto, nada sofreram, mas a aeronave foi destruída.
Fim do projeto
A última unidade fabricada foi entregue à Força Aérea Brasileira, em maio de 1990, encerrando-se assim um importante ciclo na indústria aeroespacial brasileira.Foram construídas 501 unidades, das quais cerca de 185 continuam em operação.
O conhecimento agregado com o Bandeirante, levou a Embraer a criar uma nova aeronave, maior, mais rápida e com cabine pressurizada, o Embraer EMB-120 Brasília.
BAIXE AQUI: ESQUEMAS TÉCNICOS
MANUAL DE MANUTENÇÃO
MANUAL DE VOO
POH EMB-110 BANDEIRANTE
MANUAIS TÉCNICOS
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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