O sistema do rotor de cauda tem a finalidade anular o torque, fazendo o rotor de cauda girar, criando uma sustentação (não confundir com a sustentação para o vôo) que vai contrariar a tendência da fuselagem girar no sentido contrário, produzindo o controle em torno de seu eixo vertical (guinada).
Tal fato consome de 8 a 10% da potência no vôo pairado e 3 a 4% no vôo com deslocamento, pois o vento relativo ajuda a manter a proa do helicóptero, necessitando de uma menor potência, menor ângulo de ataque para o rotor de cauda. Nos helicópteros com mais de um rotor principal esta tendência é anulada pela contrariedade de rotação dos rotores principais.
Está instalado na cauda do helicóptero na posição vertical, do lado direto ou esquerdo dependendo do sentido de rotação, sendo em sua grande maioria do tipo semirígido.
NOTA: Nos helicópteros da família NOTAR (sem rotor de cauda), este é substituído por um jato de ar direcionado, que terá o mesmo resultado do rotor de cauda comum, sem as inconveniências deste. Nos helicópteros da família Fenestron o processo utilizado é o mesmo do rotor de cauda comum, porém este é acoplado (embutido) a cauda do helicóptero.
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Fenestron |
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Simples |
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Notar |
SISTEMA DE TRANSMISSÃO DE CAUDA (Caixa dos 90)
Tem a finalidade de abrigar os mecanismos de mudança de passo, mover e reduzir a RPM do rotor de cauda e modificar em 90º o sentido de seu eixo de acionamento.
É composta basicamente por: eixo de acionamento, junta universal, caixa redutora e mecanismos de mudança de passo (que é feita em conjunto) e Pás. Eixo de acionamento – Eixo que transmite o movimento da transmissão principal para a junta universal.
JUNTA UNIVERSAL – É um tipo de junta homocinética simplificada (ver exemplo no vídeo Junta Universal, na pasta Vídeos Aviação), sendo usada nos helicópteros de pequeno porte, tendo a função de permitir uma determinada ângulação entre o eixo de acionamento e a caixa de transmissão de cauda, desenvolvendo também a função mover o rotor de cauda. Nos helicópteros de médio e grande porte é substituída por uma caixa de engrenagens ou caixa intermediária. Pode ter três tipos de acionamento: Processo Direto, Junta Universal e Caixa Intermediária.
PROCESSO DIRETO – O eixo de acionamento sai diretamente da transmissão principal para a de cauda, não havendo qualquer angulação do rotor com o eixo de acionamento, portanto, não existindo junta universal ou caixa de engrenagem.
Mecanismos de Mudança de passo – É um sistema composto basicamente por um eixo dentado (pinhão) e uma rosca sem fim (cremalheira), acionados por um tambor de mudança de passo que é acionado por cabos de aço, que alterando o passo das pás, sempre conjuntamente; sendo que este ângulo sempre será positivo independentemente da situação dos pedais. Nos helicópteros de médio e grande porte este tambor é substituído por uma roda dentada, que é acionada em seu estágio final por uma corrente (como uma coroa de bicicleta).
PÁ - Já que o rotor de cauda não tem uma necessidade constante de mudança de passo vezes mais sustentação que o simétrico, podendo ser o tamanho das pás reduzido. com o rotor principal, seu perfil pode ser assimétrico, pois este tem em média três vezes mais sustentação que o simétrico, podendo ter o tamanho das pás reduzido.
fonte: http://avioesecia.blogspot.com/
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